Idosos e Covid: por que somos grupo de risco?
Antes de falarmos sobre a vacinação contra Covid-19, uma questão que é muito perguntada entre nós, idosos, é: afinal, por que as pessoas na terceira idade são consideradas grupo de risco? Temos mais chance de contrair a Covid-19?
Para entendermos um pouco mais o que acontece com os idosos: segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, a letalidade aparente da Covid-19 entre idosos com 80 anos ou mais passa de 25%.
Além disso, outro dado surpreendente. Apesar de 80% dos casos confirmados da doença serem diagnosticados entre adultos e adultos jovens, 80% do total de mortes relacionadas à infecção aconteceram entre idosos (Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG).
Ou seja, nós somos grupo de risco porque temos maior risco de desenvolvimento da forma grave da doença, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA). Como o número de comorbidades, como diabetes mellitus e problemas cardíacos, tende a aumentar com a idade, cresce também a vulnerabilidade às mais diversas condições (Fonte: Secretaria de Saúde dos Estado de Minas Gerais). Além disso, mesmo sem comorbidades, o avanço da idade faz com que o organismo diminua a sua capacidade de combater as infecções. Tudo isso contribui para que os idosos sejam enquadrados no grupo de risco.
Tipos de vacinas disponíveis no Brasil
Uma outra dúvida em relação à Covid-19 é acerca da polêmica das vacinas: tem vacina boa e vacina perigosa? Calma! Para acalmar meus companheiros mais temerosos, trouxe aqui algumas informações atualizadas.
Há 6 (seis) vacinas principais contra a Covid-19 no mundo:
- Oxford-AstraZeneca;
- Moderna;
- Pfizer-BioNTech;
- Gamaleya (Sputnik V);
- Bharat Biotech;
- Sinovac (Coronavac): É conhecida por nós, brasileiros, de maneira carinhosa como a vacina do Butantan.
Para uso emergencial no Brasil, até o momento a agência reguladora (Anvisa) autorizou duas vacinas. A Oxford-AstraZeneca e a Coronavac (Butantan).
Quando começa a vacinação contra a Covid-19 para os idosos no Brasil?
É necessário entender que os direcionamentos dos órgãos públicos têm mudado nas últimas semanas; visto que tudo é muito novo e há sempre novos desafios para serem levado em consideração. Pelo atual Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 do Ministério da Saúde há 3 (três) fases de vacinação, sendo os grupos prioritários em cada fase:
- Primeira Fase:Trabalhadores da saúde e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas);
- Segunda Fase:Pessoas de 60 a 74 anos;
- Terceira Fase:Pessoas com as seguintes comorbidades: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave.
Ou seja, a depender da idade do idoso, da sua atuação profissional e se ele se encontra institucionalizado ou não, a fase de vacinação contra a Covid-19 para idosos no Brasil pode ser durante a primeira ou segunda fase (se não tiver mudanças no Plano Nacional – é possível que haja).
Por isso, é importante acompanhar as atualizações de cada estado. Eles têm autonomia para fazer a distribuição das vacinas e definir suas prioridades com base nas recomendações do Ministério da Saúde.
Além disso, o Ministério da Saúde explica que, nesta primeira etapa da vacinação, a população geral não deve procurar os postos de saúde. Ou seja, nada de sair de cada e fazer aglomeração de maneira desnecessária.
Como os grupos prioritários desta fase inicial são mais controlados, como no caso das pessoas institucionalizadas, a vacinação irá até eles. Conforme os laboratórios disponibilizem mais doses das vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde, outras populações que integram os grupos prioritários serão chamadas.
Vacina contra Covid-19 e idosos: é segura?
Para responder de maneira direta: sim, é seguro. E é para vacinar. E não sou eu quem afirmo isso, é a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Em posicionamento oficial, a entidade manifestou-se favorável à ampla e imediata vacinação de idosos no Brasil, sobretudo direcionada aos mais expostos e suscetíveis às graves formas da Covid-19, suas complicações e a morte:
- Idosos frágeis;
- Idosos portadores de doenças crônicas (incluindo aqui a demência);
- E idosos moradores de ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos).
O idoso que já teve Covid-19 pode se vacinar?
Sim, pode. Até o momento, não há evidências científicas de qualquer risco com a vacinação de indivíduos com histórico de contaminação pela Covid-19.
Outro ponto também relevante: como há casos de reinfecção, não há evidências de que quem pegou a doença já esteja automaticamente imunizado, conforme explica a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.
Então, por enquanto, há orientação é que: mesmo quem já teve Covid-19, pode receber a vacinação.
Outras vacinas que têm os idosos como público
Há muitas vacinas disponibilizadas no Brasil, cada uma com um objetivo e indicada para uma faixa etária. No caso das vacinas para idosos, há a indicação para as seguintes doenças (Fonte: SBGG):
- Influenza;
- Pneumocócica;
- Tétano e Difteria;
- Hepatite B;
- Febre Amarela.
Por isso, nada de cair em fake News sobre a vacinação contra a Covid-19, ok?
Fonte: https://oversixty.com.br/