Envelhecer é um processo natural e, como a expectativa de vida vem aumentando no Brasil, o ideal é que essa etapa seja vivida com saúde e qualidade. Nesse contexto, a geriatria — área médica voltada para todas as particularidades dos idosos e do envelhecimento — é fundamental.

Mas o que faz um geriatra e quando é necessário se consultar com esse especialista? Se você tem essas dúvidas, vai gostar de acompanhar o post que preparamos para você. Continue a leitura e descubra como a geriatria é importante para garantir uma velhice mais saudável!

Afinal, o que faz o geriatra?

Em linhas gerais, podemos dizer que o geriatra atua da mesma forma que um clínico geral, mas com foco nas especificidades do idoso e do processo de envelhecimento. Dessa maneira, é quem tem o conhecimento para avaliar todas as alterações dessa etapa da vida — tanto físicas quanto psicológicas.

É, portanto, um médico que oferece atendimento integral às necessidades do paciente idoso, encaminhando a um especialista caso seja necessário. Podemos fazer uma comparação simples: assim como na infância, em que realizamos as consultas regulares com o pediatra, na velhice, esse atendimento, que também deve ser frequente, ocorre com o geriatra.

Tratamento de doenças

Essa especialidade atua na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças mais comuns que acometem as pessoas após os 60 anos, como doenças cardiovasculares, diabetes, demência, osteoporose, tonturas, incontinência urinária, entre outras.

O risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, aumenta com o passar da idade, tendo grande incidência em pessoas com mais de 60 anos. Esse é um resultado do processo de envelhecimento, caracterizado pela redução da força do músculo cardíaco e aumento da resistência nos vasos sanguíneos.

Os idosos também estão mais suscetíveis à depressão — um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que cerca de 11% da população de 60 a 64 anos sofre com a doença. Portanto, é fundamental que recebam atenção para sua saúde mental.

A geriatria é, ainda, uma área voltada para o tratamento paliativo, visando oferecer qualidade de vida e conforto a pacientes que não têm a possibilidade de cura.

Quais são as diferenças entre o geriatra e gerontólogo?

Enquanto o geriatra atua na prevenção e no tratamento das alterações decorrentes do envelhecimento, o gerontólogo tem um papel multifatorial nas questões relacionadas a essa etapa da vida: ele atua na prevenção, intervenção e reabilitação desses pacientes para que eles tenham qualidade de vida.

Diferentemente da geriatria, em que o profissional é somente o médico, na gerontologia há diferentes profissionais, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, profissionais de educação física, entre outros.

Quando se consultar com um geriatra?

A geriatria deve ser procurada em três situações:

• por pacientes com mais de 60 anos que querem um médico especializado nas alterações e/ou doenças que acometem essa etapa da vida, a fim de viverem bem, preservando os aspectos funcionais e sua autonomia;
• por pacientes que já são idosos e querem adotar medidas preventivas durante a terceira idade;
• por pacientes com mais de 30/35 anos que querem fazer a prevenção de doenças para evitar complicações futuras, buscando envelhecer de forma saudável e com qualidade de vida.

Pode parecer estranho que alguém mais jovem procure o geriatra, não é mesmo? O que ocorre é que a maioria das doenças comuns na terceira idade pode ter início justamente na fase adulta, principalmente devido ao estilo de vida e hábitos ruins da pessoa, como o uso de álcool e cigarro, a falta de preocupação com uma alimentação equilibrada e o sedentarismo.

Diante disso, o geriatra é o médico indicado para orientar essas pessoas a se prevenirem e adquirirem hábitos mais saudáveis para que se tornem idosos cheios de saúde e, assim, possam aproveitar bem essa fase da vida.

Como a geriatria pode garantir uma velhice mais saudável?

A população brasileira está envelhecendo e é necessário que se viva com saúde, mesmo com todas as alterações naturais do organismo. Para se ter uma ideia, dados do IBGE apontam que, em 2060, os brasileiros com mais de 60 anos somarão 58,2 milhões de pessoas. Além disso, a expectativa de vida ao nascer também aumentará: será de 77,9 anos para os homens e 84,2 para as mulheres.

É, portanto, um grupo de pessoas que precisa começar a pensar em cuidar da saúde para ter qualidade de vida na terceira idade. Afinal, essa é uma fase em que há diversas transformações no organismo, como perda de massa muscular, fraqueza óssea e maior incidência de doenças crônico-degenerativas.

Desse modo, é essencial ter um olhar voltado para a prevenção na terceira idade (e também antes dela). E é nesse ponto que entra a importância da geriatria, que trabalha em diferentes áreas para que o paciente viva bem.

Quais são as dicas para ter um envelhecimento saudável?

Além de tratar das condições e doenças do idoso, o geriatra orienta quanto aos bons hábitos que os pacientes devem adotar para ter um envelhecimento saudável, como:

• beber bastante água diariamente;
• adotar uma alimentação saudável, priorizando verduras, legumes e frutas e evitando pratos gordurosos, além do excesso de sal e açúcar;
• evitar ficar acima do peso;
• proteger-se do sol com filtro solar adequado para seu tipo de pele, chapéu e óculos escuros;
• realizar o check-up médico;
• cuidar da saúde bucal e fazer visitas regulares ao dentista;
• não fumar;
• consumir álcool com moderação;
• realizar atividades físicas regularmente, escolhendo exercícios que proporcionem prazer;
• dormir bem;
• evitar situações de estresse;
• priorizar momentos de lazer, como passeios e viagens;
• praticar um hobby;
• não se isolar, cultivando as amizades e fazendo novos amigos.

A geriatria é uma especialidade importante para as pessoas que buscam prevenir doenças e outros problemas comuns na terceira idade. Além disso, ela tem um papel fundamental ao auxiliar as pessoas que querem envelhecer de forma mais saudável, aproveitando bem a vida após os 60 anos.

Fonte: https://amorsaude.com.br/